Em carta às companhias, Amec pede aprovação da reforma do Novo Mercado
Os associados à Amec decidiram encaminhar, pela associação, cartas individuais aos conselheiros das companhias abertas, destacando a importância de manifestar-se com relação às propostas da B3 para a evolução do Novo Mercado e do Nível 2. Para os investidores, as mudanças propostas pela B3 são fundamentais para manter a credibilidade do segmento premium de listagem.
O Novo Mercado viabilizou a retomada do mercado de ações no Brasil na década passada. Contudo, passados 16 anos de sua criação, é chegada a hora de modernizar algumas de suas regras, que se tornaram ineficazes com o passar do tempo.
No documento, os investidores institucionais citam o recente estudo do professor Pedro Matos, da Universidade da Virginia, que comprova que a companhia listada no mais exigente nível de governança corporativa assegura uma redução consistente no custo de capital, que se reflete em preços mais elevados para suas ações.
Nas cartas endereçadas aos conselheiros, os investidores afirmam que “consideramos a proposta da B3 balanceada e focada em questões fundamentais para a evolução do segmento. Ao contrário do que se propaga sem bases fáticas, a proposta não gera custos adicionais para as companhias que já estejam realmente interessadas em implementar as melhores práticas. Tampouco representa um jogo de soma zero, maniqueísta, de dar ou tirar direitos dos acionistas. Uma análise séria das propostas vai mostrar que estamos falando de medidas boas para companhia e para todos os acionistas. É, portanto, um jogo de ganha-ganha”.
A apresentação da B3 sobre o processo pode ser obtida aqui, e a cédula de votação aqui.