Falência da Carillion reacende debate sobre práticas de auditoria
A falência da maior operadora de contratos públicos da Inglaterra – Carillion – provocou o início de um debate sobre a regulação do mercado financeiro e sobre práticas de auditoria. O grupo, que possuía cerca de 43.000 empregados e mais de 450 contratos com o governo inglês, anunciou seu colapso em meados de janeiro. Analistas creditam o problema à sua agressiva estratégia de crescimento em segmentos de baixas margens e elevada intensidade de capital.
O debate político que se seguiu busca identificar os culpados. Os membros do conselho da empresa estão sendo acusados de estarem “dormindo no volante” enquanto os sinais do colapso se avolumavam. Mesmo com avisos de quedas de lucros, déficits atuariais no fundo de pensão e dívidas crescentes, a empresa continuava a pagar dividendos e elevados bônus aos seus administradores.
Os auditores e o FRC, principal regulador das práticas de auditoria no Reino Unido, também têm sofrido pressões. Aparentemente o colapso da Carillion era disfarçado por práticas contábeis agressivas, que não foram identificadas pelos auditores ou reguladores.
O FRC abriu uma investigação contra a KPMG, auditora da empresa, e solicitou às autoridades antitruste que investiguem as empresas de auditoria. O presidente do FRC disse diretamente que “é necessário haver mais competição nas áreas de contabilidade e auditoria”.
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