Chairman do FRC pede adesão robusta ao código de governança inglês
Em cartas dirigidas aos presidentes dos conselhos de empresas listadas, aos investidores e às consultorias de voto, Win Bischoff, presidente do conselho do Financial Reporting Council (FRC), regulador responsável pelos códigos de governança e de stewardship no Reino Unido pediu dedicação das companhias ao reportar suas práticas de governança. O pedido, divulgado em 20 de julho, tem como pano de fundo a recente revisão do código inglês.
Bischoff destacou que a melhora da governança corporativa depende da atuação das companhias e de seus conselhos de administração. Segundo ele, ao explicar as práticas que adota e também as que não segue, a companhia ganha a oportunidade de esclarecer assuntos importantes. O papel de investidores e das consultorias de voto, responsáveis pela cobrança por informações de qualidade, de forma não mecânica, também foi salientado. Segundo a FRC, cada agente de mercado tem um papel a desempenhar para tornar o código exitoso.
A reflexão inglesa serve de exemplo para o mercado brasileiro, especialmente às vésperas da estreia do Informe sobre o Código Brasileiro de Governança. Pela primeira vez, todas as companhias brasileiras estão sujeitas a um único conjunto de regras de governança que, assim como no mercado inglês, seguirá o modelo do “pratique ou explique”. Segundo o documento, “as descrições e explicações devem ser redigidas em linguagem acessível, de forma transparente, completa, objetiva e precisa, para que acionistas, investidores e demais partes interessadas possam, criteriosamente, formar sua avaliação a respeito da companhia”. O prazo para entrega do primeiro informe termina em 31 de outubro e vale para as empresas listadas nos índices Ibovespa e IBrx-100. A partir de 2019, todas as companhias emissoras de ações deverão entregar o documento anualmente, até o fim de julho.
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