Amec defende governança e conselhos de administração em empresas de controle estatal
O Presidente da Amec, Fábio Coelho, saiu em defesa da governança corporativa e da soberania dos Conselhos de Administração em empresas de controle estatal em manifestações públicas e entrevistas na grande mídia. No sábado, 20 de fevereiro, ele participou de uma reportagem no Jornal Nacional, da TV Globo.
“Se você é um investidor, e um investidor fora do Brasil, querendo investir aqui, você vai pensar duas vezes se vale a pena efetivamente correr esses riscos, riscos dessa interferência externa, risco de ter queda no valor da companhia, sem efetivamente poder exercer sua influência como acionista da empresa”, disse Coelho.
Na segunda, 22 de fevereiro, foi a vez do jornal O Estado de S. Paulo, a Amec se posicionou novamente em defesa de “práticas consagradas de governança” e o desrespeito ao Conselho de Administração da Petrobrás.
A reportagem fez referência também ao posicionamento conjunto da Amec e do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) publicado há duas semanas, com referência à ameaça de destituição do Presidente do Banco do Brasil.
No mesmo dia, o portal Infomoney publicou matéria com a participação do representante da Amec, com um posicionamento mais detalhado sobre o caso Petrobras. “O episódio tem consequências para a credibilidade não só da empresa, mas também do país”, disse Fábio ao portal, com críticas às interferências externas não apenas na Petrobras como nas demais estatais. A reportagem publicada pelo jornal e pela Agência Estado foi replicada em dezenas de outros veículos de imprensa.
O Presidente da Amec lembrou ainda que a interferência do governo federal sobre as companhias joga contra os esforços do próprio governo para atrair maior volume de capital estrangeiro de longo prazo ao país, bem como a tentativa de ingressar no seleto grupo de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A matéria trouxe ainda a defesa do Conselho de Administração, feito por Fábio Coelho, como o fórum responsável por deliberar sobre as estratégias futuras da empresa, assim como avaliar a nomeação e a eventual destituição do presidente da companhia. “Nesse contexto, vale lembrar que empresas de natureza estatal, em especial Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras, são listadas em Bolsa, em que o governo é um dos acionistas, com participação relevante, mas não é o único”, disse o Presidente da Amec.
A Amec também marcou presença para se posicionar sobre o tema da governança nas estatais no evento online “Ingerência na Petrobras” realizado pela revista Capital Aberto na última quinta-feira, 25 de fevereiro. Com debates de Fábio Coelho e de Francisco Petros, ex-Conselheiro da Petrobras e Sócio do Escritório Fernandes, Figueiredo, Françoso e Petros, o encontro discutiu em que medida as estruturas de governança atuais da companhia são suficientes para impedir o intervencionismo do governo. A ficou por conta de Henrique Barbosa, Sócio do Escritório Barbosa & Barbosa Advogados.