Artigo Valor Investe: Frustração da reforma do Novo Mercado reflete momento de fragilidade do mercado de capitais – por Fábio Coelho

Em artigo publicado no caderno Valor Investe, do jornal Valor Econômico, no último dia 18 de julho, o Presidente da Amec, Fábio Coelho, apresenta análise crítica sobre a rejeição da reforma do Novo Mercado pelas companhias abertas. Intitulado “Uma vitrine sem brilho”, o texto aponta que a proposta da B3, ainda que com lacunas, representava uma oportunidade de alinhar o segmento de listagem da bolsa às melhores práticas internacionais de governança corporativa.

“Com o resultado negativo do certame, não apenas a vitrine da governança no Brasil perde um pouco do brilho, como também exibe para o mundo a profundidade da crise em que mergulhamos”, diz em trecho do artigo. Ele destaca que, apesar do interesse da B3 em aprimorar o ambiente de negócios, a rejeição de todos os 25 itens colocados em deliberação deixou um “gosto amargo” entre os atores envolvidos no projeto.

O artigo também aponta que o cenário econômico atual pode ter influenciado o desfecho, mas que a escolha do momento para a apresentação da proposta pode ter revelado falta de sensibilidade. Além disso, a recusa das companhias tem um forte componente de protesto. Segundo ele, o formato exigido para modificações das regras do Novo Mercado gera um incômodo evidente.

“Diante do atual contexto e do resultado expressivo da votação, é difícil imaginar algum caminho de próximos passos que não busque um diálogo franco entre todos os envolvidos. Reabrir agora nova discussão de maneira açodada poderia esgarçar ainda mais as relações entre diferentes atores do mercado de capitais”, afirma.

Na avaliação do executivo, o mercado brasileiro desperdiçou uma chance de modernização, na contramão de outros países emergentes como a Coreia do Sul, que tem mobilizado a governança corporativa para atrair investimentos. “Em meio a condições políticas e monetárias adversas, a mensagem que o Brasil agora exibe para o mundo é a de um ambiente institucional e de negócios fragilizado nos mais diversos níveis”, conclui.

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