B3 barra Gol no Novo Mercado e companhia deve rever plano de fusão com Smiles
Após decisão da Comissão de Listagem da Câmara Consultiva de Emissores e Estruturadores de Ofertas da B3 pela inadmissibilidade da migração da empresa para o Novo Mercado, a Gol anunciou nesta segunda-feira (17) que cancelou a migração de suas ações para o Novo Mercado da B3, conforme decisão da bolsa. Em documento endereçado à Gol, Gilson Finkelsztain, presidente da B3 explicou que a decisão da B3 visa “coibir a realização de operações que possam configurar infrações ao regulamento do Novo Mercado”, além de “mitigar eventuais efeitos adversos porventura ocasionados pelos atos que se seguiriam para implementar a operação” e proporcionar ao grupo “tempo hábil para avaliar estruturas alternativas para alcançar os objetivos buscados com a reorganização”.
A Associação de Investidores no Mercado de Capitais – Amec – chegou a endereçar carta à B3, no dia 22 de outubro, solicitando que a bolsa avaliasse a possibilidade de intervenção no negócio. No documento endereçado ao diretor presidente Gilson Finkelsztain, a Amec pediu que a B3 rejeitasse a reestruturação tal qual apresentada pela Gol.
Para os investidores, o incômodo estava no fato de a Gol ter desenhado uma reestruturação que na forma atendia requisitos previstos pela bolsa de valores para preservar os direitos dos acionistas, mas na prática os esvaziava. Ao anunciar, ao final, a migração para Novo Mercado, a aérea escaparia da obrigação de submeter a reestruturação ao crivo dos titulares de ações em circulação. O problema é que a nova estrutura criaria duas empresas: a Gol S.A., listada no Novo Mercado, e a GLA. A primeira seria uma holding não operacional; a segunda, concentraria as atividades que hoje estão debaixo dos chapéus de Gol e Smiles e, aparentemente, não seria listada.
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Clique aqui e acesse o Fato Relevante da Gol e a carta da B3 para a companhia.
