Código de Governança motiva debates entre investidores e empresas

Em dezembro, a Amec participou de mais um evento para discutir a implementação do Código Brasileiro de Governança. Dessa vez, ele foi organizado pelo IBGC e contou com cerca de 50 participantes.

A Amec defendeu novamente que os informes sobre os 54 pontos do Código sejam feitos de maneira substancial, aproveitando a oportunidade para efetivamente comunicar ao mercado as práticas de governança das empresas.

O Presidente, Mauro Rodrigues da Cunha, salientou que foram empregadas quase 1500 homens-hora na elaboração do Código. Ele constitui-se, portanto, num verdadeiro presente da CVM e das 11 entidades envolvidas em sua redação para as empresas efetuarem um benchmarking das suas práticas de governança. A contratação de uma consultoria para fazer isso seria seguramente mais cara. Assim, o processo traz duas grandes vantagens para a empresa: benckmarking e comunicação eficaz.

As empresas que encararem o processo dessa forma verão um excelente retorno ao investimento de recursos para fazer o informe. Por outro lado, aquelas que encararem o processo como “mais um requerimento legal”, escrevendo apenas frases inócuas determinadas por assessores jurídicos verão no Código um estorvo a mais para ser uma empresa no Brasil. Trata-se de uma escolha que deve ser feita agora.

Durante sua apresentação, o Presidente indagou aos presentes que fossem membros de conselhos de administração quantos já estavam discutindo o assunto em nível de conselho. Apenas uma pessoa levantou a mão.

A Amec já participou de outros debates sobre o tema, com o IBRI e com a PwC.