Estudo da OCDE ilumina debate sobre desafios do mercado de capitais

Representantes da OCDE divulgaram, na Mesa Redonda de Buenos Aires, os resultados dos estudos liderados pela Força Tarefa de mercados acionários na região, que tinha como objetivo identificar os obstáculos mais importantes para um maior desenvolvimento do mercado.

Dentre os inúmeros achados do estudo, chama atenção as vantagens e desvantagens percebidas pelas companhias para abrir seu capital. Como vantagens, por exemplo, as empresas de capital fechado listam o acesso ao capital como a razão mais importante para contemplarem um IPO. Já para as empresas já listadas, esta razão é apenas a quinta mais importante, perdendo para outras tais como efeitos reputacionais, disciplina do mercado, profissionalização e marketing. Isso sugere que as empresas que abrem seu capital não o enxergam como uma fonte recorrente de capital, e terminam por acessá-lo tão somente para fazer o IPO.

Já a percepção de riscos, ou razões para não abrir o capital, indica que para as empresas de capital fechado a implementação de estruturas de governança seria o maior impedimento. Para as empresas já listadas, as normas de disclosure figuram entre os principais inibidores. As despesas para abrir capital também foram citadas, mas com um foco nas taxas cobradas pelos bancos de investimento, e não nos normativos e regulamentos aplicáveis.

O relatório-síntese do estudo pode ser acessado neste link.

https://drive.google.com/a/amecbrasil.org.br/file/d/1unZiSJjBK96TgTmGmUAZhs4Oy99Vg2pr/view?usp=sharing