Fabio Giambiagi lança livro que analisa as contas públicas e o déficit fiscal desde a década de 80
Falar sobre o déficit público com profundidade e de maneira clara e didática, com vasto conjunto de dados e gráficos, foi a proposta que deu vida ao livro “Tudo sobre o déficit fiscal”. O 35º livro de Fabio Giambiagi é resultado de ampla pesquisa e coleta de dados feita pelo economista e pesquisador associado da FGV/IBRE, e narra a trajetória da organização das contas do país nas últimas décadas.
A obra, lançada pelo Grupo Editorial Alta Books, tem prefácio do economista e Diretor Executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) Felipe Salto, contracapa do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e orelha da jornalista Renata Lo Prete. No livro, Giambiagi parte de uma análise sobre as contas públicas na década de 80 – “época de estatísticas precárias” – analisando sua evolução e trajetória até os dias de hoje, para sublinhar que a discussão sobre o déficit público ainda não amadureceu no Brasil. “O país melhorou, mas o problema fiscal permanece e tem sido um denominador comum de todos os Governo nas últimas décadas”, afirma.
Ao longo do livro, Giambiagi examina a dinâmica da dívida pública – seu volume e movimento no tempo; detalha como condições de sustentabilidade fiscal estão condicionadas ao tamanho e ao crescimento da economia e às taxas de juros; explica as despesas e receita que compõe o orçamento público federal e apresenta argumentos para que sejam implementadas medidas que possibilitem o alcance de um equilíbrio fiscal.
Para o autor, “derrotar” o déficit público, fazer com que ele se situe em patamares administráveis sem comprometer a trajetória da dívida pública, é a grande tarefa pendente. Ele recomenda práticas que realmente podem melhorar o quadro fiscal do país, saindo do abstrato para o concreto. “Só se faz ajuste fiscal com redução do peso dos gastos, com aumento de impostos ou com redução das isenções fiscais. E isso requer uma liderança política no mais alto grau, para poder implementar uma agenda difícil”, sentencia.
A agenda econômica e social pós pandemia e as eleições do próximo ano evidenciam a importância deste debate no atual momento político do país. “Assimilar conceitos econômicos ajuda o cidadão a ler o mundo de forma mais pragmática e o auxilia a fazer escolhas de maneira mais crítica” conclui Giambiagi.