Fusão entre Gol e Smiles não sai após discordância sobre valores
A aérea Gol tentou pela segunda vez incorporar sua empresa de milhagens Smiles, da qual tem 52,6%, mas anunciou no último dia 17 que, depois de cinco meses de negociações, a transação não foi possível porque as partes não conseguiram chegar a um acordo em termos de valores. O vice-presidente de finanças e relações com investidores da Gol Richard Lark disse ao jornal Valor Econômico que a controladora ainda tem a intenção de unir as duas companhias.
A receita líquida da Smiles foi de apenas RS$ 1 bilhão em 2018, ante R$ 11,4 bilhões da Gol. Contudo, a companhia de milhagem tem margens mais elevadas e não é afetada pela volatilidade cambial e dos preços de petróleo como a aérea, além de não ter um endividamento tão alto.
Por meio de fato relevante, a Smiles informou que o Comitê Independente, criado seguindo o Parecer 35 da CVM para avaliar a proposta de incorporação, não conseguiu chegar a um acordo com a controladora a respeito da relação de troca. Para Mauro Rodrigues da Cunha, presidente da Amec, o resultado o indica que o comitê atuou de forma imparcial.