Novo investidor ativista transforma empresa alemã
A fabricante alemã de medicamentos genéricos, Stada, amargava com a rejeição dos investidores. Isso porque apresentava baixa rentabilidade e uma contabilidade opaca. Além disso, havia remuneração excessiva da administração e um conselho sem diversidade de perfis. Porém, uma grande mudança se deu a partir da assembleia geral de 26 de agosto, quando os acionistas votaram pela destituição do chairman da companhia, Martin Abend e se comprometeram a aumentar a receita da Stada.
Trata-se de uma iniciativa incomum na Alemanha. Uma vitória da empresa de investimento Active Ownership Capital – AOC – que adotou um estilo de ativismo associado aos fundos americanos, britânicos ou nórdicos.
O crescimento do ativismo no país ocorre em partes porque a composição acionária das empresas alemãs passa por mudanças. Atualmente, investidores estrangeiros, notadamente fundos de pensão, possuem mais da metade das ações em cada companhia listada no índice DAX.
Quando bancos e seguradoras detém a maioria das ações, eles tendem a não incitar os conselheiros, que se tornam pouco ativos e os diretores é que decidem se e quando as companhias devem crescer.