Radar do Gestor analisa gargalos na atuação de agentes fiduciários
As fragilidades e desafios na atuação dos agentes fiduciários no mercado de crédito privado brasileiro são o foco de uma ampla reportagem da nova edição do Radar do Gestor. A matéria reúne análises de Bernardo Carneiro, Sócio Lefosse advogados, Adriano Casarotto, Gestor de Crédito na Western Asset, e Artur Duarte Nehmi, Sócio e Gestor da Sparta.
Segundo os especialistas, há grande disparidade na atuação desses profissionais diante do descumprimento de obrigações. Enquanto alguns mantêm uma postura minimalista e literal, outros são mais ativos e assertivos. Entre os problemas estruturais, destacam-se a ausência de investimentos em equipes qualificadas, tecnologia e a falta de capacidade de resposta em situações complexas. Tudo isso associado a uma remuneração que se mostra incompatível com a qualidade de serviço esperada.
Outro ponto crítico é a necessidade de modernização dos procedimentos. A exigência de publicação em jornais para convocação de assembleias é considerada ultrapassada, e especialistas defendem a migração para os meios de comunicação digital. Além disso, nas assembleias o papel do agente fiduciário se torna mais visível, mas também mais vulnerável. A interpretação rígida de cláusulas, motivada pelo receio de responsabilização, acaba gerando atrasos e entraves.
Apesar das fragilidades, há exemplos positivos que indicam avanços concretos, como por exemplo, o desenvolvimento de sistemas de votos eletrônicos. A reportagem também aponta como avanço a utilização de um padrão de boas práticas e que os agentes possam ser avaliados de acordo com a aderência a determinados referenciais.
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