Associação alerta acionistas sobre risco moral em caso CCR
No último dia 22, a CCR aprovou em assembleia o pagamento de R$ 71 milhões a um grupo de 15 executivos para que eles concordassem em fechar acordos de delação premiada. Os administradores da empresa argumentaram que se tratava de uma necessidade para que a empresa conseguisse firmar acordos de leniência e prosseguir com suas atividades. No dia 12 de abril, a Amec publicou um comunicado ao mercado em que alertava acionistas minoritários sobre a necessidade de refletirem sobre a pauta em questão, uma vez que concordar com uma remuneração milionária para funcionários envolvidos em corrupção geraria um risco moral (moral hazard) – situação em que uma das partes têm incentivos (ou prêmios) para agir inapropriadamente.
A Amec também lamentou que a companhia tenha ignorado as indicações de investidores institucionais para que renovasse seu conselho de administração, optando por manter no cargo conselheiros que ocupam os assentos há mais de 10 anos – sendo responsáveis por fiscalizar a administração, justamente no período em que os alegados atos de corrupção teriam acontecido.
No comunicado, a associação também disse que pretende iniciar um diálogo com o Ministério Público, para que seja considerado o efeito de longo prazo das decisões tomadas no âmbito de investigações de corrupção no mercado de capitais.