Depoimentos: Os 15 anos contados na visão dos parceiros e especialistas

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Nesta edição especial, o Panorama Amec recolheu depoimentos de formadores de opinião, representantes e especialistas, que comentaram a importância da trajetória de 15 anos da associação. Confira abaixo os trechos principais dos depoimentos:

Leonardo Gomes Pereira. Foto: Divulgação.

Independência intelectual

Os 15 anos da Amec merecem uma reflexão. Não existe um mercado de capitais maduro sem investidores que fiquem confortáveis e se sintam protegidos. Nada mais importante do que eles tenham uma associação independente intelectualmente, que seja um local de debates francos e abertos que levem a reflexões equilibradas e que sejam escutadas por outros stakeholders.

Vi isso na Amec ao longo desses anos. E isso ficou fortificado com o lançamento do Código de Stewardship que permite uma maior clareza de papéis, levanta as obrigações e responsabilidades e promove um ativismo construtivo que traz melhores respostas e soluções para as questões que surgem no dia a dia do mercado de capitais. Parabéns à Amec e que ela continue cumprindo o seu papel e se aperfeiçoando no caminho!

Leonardo Gomes Pereira, ex-Presidente da CVM

Flávia Mouta. Foto: Divulgação.

Debate equilibrado

“É uma alegria celebrar os 15 anos da Amec, instituição que, assim como a B3, trabalha para promover o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro e potencializar as oportunidades de negócios no nosso país.

Ao longo dos anos, a atuação da Amec conquistou espaço e se mostrou de grande relevância para o mercado, com a promoção de debates pertinentes para os investidores institucionais, a defesa dos interesses dos acionistas minoritários e a indução de boas práticas de governança corporativa. Estes são temas fundamentais para trazer cada vez mais maturidade para o nosso mercado, e sua discussão precisa ser ampla e abrangente, sendo notáveis as diversas iniciativas da Amec, pois mesmo nas questões em que possa haver visões distintas sobre os caminhos a serem percorridos, o objetivo final é sempre o bem comum.

A Amec atende ao seu propósito de maneira eficiente e ponderada, fomentando um debate equilibrado que resulta na inserção de propostas responsáveis no mercado de capitais brasileiro e beneficia todas as partes envolvidas”.

Flavia Mouta, Diretora de Emissores da B3

Leila Loria. Foto: Divulgação.

Parceria institucional com IBGC

O papel da Amec na defesa dos investidores faz da associação um dos principais parceiros institucionais do IBGC na promoção das boas práticas de governança corporativa. Temos realizado ao longo dos anos uma série de atividades conjuntas em eventos, cursos e advocacy. Olhando para trás, podemos destacar o trabalho na coalizão do GT Interagentes, responsável pela elaboração do Código Brasileiro de Governança Corporativa – Companhias Abertas.

Atualmente, além de continuarmos juntos na disseminação do modelo “pratique ou explique” de divulgação de informações de aplicação desse código, também temos sintonia na pauta de governança de empresas estatais. As duas entidades se apoiam em discussões relevantes para evitar retrocessos na Lei das S.A. e na Lei das Estatais, sempre procurando proteger o melhor interesse da empresa e o equilíbrio de forças em questões delicadas, como a introdução do voto plural no Brasil, por exemplo.

Olhando para o presente e o futuro, o tema de ESG está trazendo muitos debates com forte envolvimento dos investidores e abre um amplo horizonte para iniciativas conjuntas. Entre os desafios e pautas futuras para a governança, estão promover ainda mais a diversidade e a inclusão, inclusive nos conselhos de administração, continuar atuando pelo fortalecimento da ética e da integridade e estimular a inovação. São todos desafios comuns ao IBGC e à Amec, e que devem orientar o nosso trabalho nos próximos anos.

Leila Loria, Presidente do Conselho de Administração do IBGC 

Emílio Carazzai. Foto: Divulgação.

Vocalização de temas sensíveis

Dentre a dezena de entidades relevantes que atuam meritoriamente no mercado de capitais brasileiro, a Amec tem se sobressaído pela vocalização de temas sensíveis para o fortalecimento da economia em bases éticas, transparentes e atraentes para os investidores e agentes de governança corporativa de um modo geral.

Nesse sentido, importa vislumbrar que a atuação da Amec, ao expandir o horizonte de oportunidades para investidores minoritários, resulta por fortalecer todos os elementos da equação produtiva empresarial. Ao proteger legitimamente os interesses das partes supridoras de capital, a Amec valoriza o superior desempenho das empresas e por consequência de todas as demais partes que delas se beneficiam.

A Amec é um valioso ativo institucional para o nosso país.

Emílio Carazzai, conselheiro independente e ex-Presidente da Caixa Econômica 

Daniela da Costa Bulthuis. Foto: Divulgação.

Aprimoramento do Novo Mercado

Vemos a Amec como grande parceira nos nossos engajamentos no Brasil. A associação tem um papel fundamental pela sua atuação tempestiva em questões relevantes referentes aos direitos dos acionistas minoritários.

Ao longo dos anos a associação veio intensificando as discussões sobre melhores práticas de governança no mercado local, emitiu notas pertinentes sobre operações que geraram grande controvérsia no mercado de ações, contribuiu junto à B3 no processo de aprimoramento das regras do Novo Mercado e participou das discussões que levaram à aprovação das lei das estatais.  Mais recentemente a Amec ampliou sua atuação, liderando discussões sobre a reforma tributária pela ótica dos investidores, e tem promovido constantes debates entre investidores e empresas com relação à questões de sustentabilidade.

A Amec tomou papel de protagonista no debate sobre Stewardship no Brasil e é agente fundamental na conexão de diversos agentes do mercado de capitais brasileiro com investidores locais e globais.

Daniela da Costa-Bulthuis, Gestora da Robeco e membro do Conselho da Amec

Renato Chaves. Foto: Divulgação.

Verbalização com fundamentação teórica

A Amec veio preencher uma lacuna que muito incomodava os investidores brasileiros: a necessidade de se organizar a discussão de grandes temas e a análise de situações pontuais para posterior “verbalização” de opiniões contundentes, com a devida fundamentação técnica.

Vejo com grande entusiasmo as iniciativas “Cartas do Presidente”, “Opinião Amec”, “Comunicados ao Mercado” e o Código Stewardship; são ferramentas que fomentam o necessário debate entre os agentes do nosso mercado de capitais. Pode-se afirmar, sem receio, que os pronunciamentos da Amec influenciam não só investidores, mas também os reguladores do nosso país.

Renato Chaves, Conselheiro Independente

Lucila Prazeres da Silva. Foto: Divulgação.

Mercado mais justo e eficiente

Sob a batuta de excelentes líderes e o engajamento de seus associados, a Amec alcançou a posição de referência nacional e internacional na defesa dos direitos dos investidores. São 15 anos de atuação firme e exemplar sempre com o propósito de colaborar para a construção de um mercado de capitais mais justo e eficiente. É com muita honra e carinho que testemunhei o nascimento e o crescimento da Amec. E não posso deixar de mencionar a alta qualidade dos integrantes da comissão técnica, que desde o começo foi composta por representantes dos associados do mais alto gabarito, incansáveis na análise, discussão e encaminhamento de questões de grande complexidade do nosso mercado.

Lucila Prazeres da Silva, General Counsel da Constellation

Henrique Luz. Foto: Régis Filho.

Melhores práticas de governança

Durante o período que presidi o Conselho de Administração do IBGC, pude ter um vasto número de interações com a Amec, muito especialmente com o Fábio Coelho, por quem nutro respeito e admiração. A despeito de propósitos distintos como entidades, fácil tem sido encontrar as similitudes de posicionamento, mormente na grande maioria das circunstâncias nas quais se tem visto tentativas de ataque às melhores práticas de governança nos últimos anos.

Não foi diferente no passado. Participamos juntos de importantes movimentos, inclusive a elaboração do Código Brasileiro de Governança Corporativa de Companhias Abertas, há cinco anos. Estou certo de que as formações do IBGC que se seguirão ao mandato dos atuais conselheiros, hão de seguir mantendo o relacionamento profícuo que pude testemunhar nesses anos.

Henrique Luz, ex-Presidente do Conselho de Administração do IBGC