Fernando Galdi é confirmado como novo membro do CPC por indicação da AMEC

Print Friendly, PDF & Email

O ex-Diretor da Comissão de Valores Mobiliários Fernando Galdi foi confirmado como novo membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Ex-diretor da CVM, Doutor em ciências contábeis e professor da Fucape Business School, ele participará do comitê na condição de membro titular após indicação da AMEC – Associação dos Investidores no Mercado de Capitais.

A Fundação de Apoio ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (FACPC) havia convidado a AMEC para contribuir com o processo de emissão de normas contábeis no Brasil por meio de indicações para o CPC. Segundo o Presidente Executivo da AMEC, Fábio Coelho, o convite da FACPC mostra o reconhecimento da representatividade institucional da Associação em sua atuação para o aperfeiçoamento da governança do mercado de capitais.

Sinto-me honrado em ter sido indicado pela AMEC para participar como seu representante no CPC. O comitê exerce um papel de alta relevância no mercado de capitais brasileiro ao centralizar e realizar estudos, o preparo e a emissão de pronunciamentos técnicos que servem como base para que os órgãos reguladores brasileiros emitam normas de contabilidade alinhadas aos padrões internacionais (IFRS), disse Galdi.

O CPC foi criado em 2005 como um organismo técnico e independente cujo principal objetivo é recepcionar as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), adotando um padrão único e internacionalmente aceito para evitar reconciliações entre relatórios financeiro-contábeis em diferentes padrões, conferindo maior transparência e segurança aos investidores em suas análises. Atualmente, o Comitê é composto pelas seguintes entidades: Abrasca, Apimec, B3, CFC, FIPECAFI e Ibracon.

Proteção dos investidores

Galdi destaca a importância da função do comitê na relação com os investidores. “Considero que o CPC exerce papel fundamental na proteção dos investidores ao ancorar no mercado brasileiro um ambiente informacional que seja de alta qualidade e de ampla transparência para o investidor”, afirma o ex-diretor da CVM.

Ele acrescenta que sua atuação será pautada em “fazer a ponte” dos temas em discussão no comitê para investidores, deixando claro os potenciais impactos dos pronunciamentos para a atividade de investimentos no mercado brasileiro. Além disso, disse que terá o papel de levar potenciais demandas e posicionamentos para o CPC.

Como exemplos de temas de relevância para os investidores que estão na agenda de discussões, Galdi destaca os seguintes: combinações de negócios sob controle comum, demonstrações financeiras primárias, contabilidade de criptoativos, comentários da administração, taxas de desconto, instrumentos financeiros com características de títulos patrimoniais e um novo projeto de goodwill e impairment, entre outros.

“Enfatizo que estou à inteira disposição da comunidade AMEC para contribuir naquilo que for necessário para que o Brasil mantenha um ambiente informacional alinhado às melhores práticas de governança ao redor do mundo, visando sempre o desenvolvimento do mercado de capitais”, afirmou.